domingo, 12 de abril de 2015

Enxaqueca Oftalmica

   
 A enxaqueca é um dos tipos de cefaleia. Caracteriza-se por uma dor pulsante em um dos lados da cabeça (podendo ocorrer em ambos), geralmente acompanhada de fotofobia (sensibilidade à luz) e fonofobia (sensibilidade a sons e até a própria voz), náusea e vômito. A duração da crise de enxaqueca pode variar entre quatro a 72 horas, podendo ser mais curta em crianças. De acordo com o Ministério da Saúde, de 5 a 25% das mulheres e 2 a 10% dos homens tem essa anormalidade. A enxaqueca é predominante em indivíduos com idades entre 25 e 45 anos, sendo que após os 50 anos esse índice tende a sua diminuição, principalmente nas mulheres. A doença acomete em 3 a 10% das crianças, afetando de igual forma ambos os gêneros antes da adolescência, mas predominando no sexo feminino, após essa fase. A enxaqueca pode ser divida entre com aura (uma doença neurológica que se manifesta por crises de sintomas visuais ou sensitivos), ou sem aura. Segundo dados do Ministério da Saúde, 64% do total desses pacientes apresentaram enxaqueca sem aura, 18% com aura e 13% com e sem aura. Os restantes 5% apresentaram aura sem cefaleia.
   A enxaqueca crônica se caracteriza por cefaleia em 15 ou mais dias do mês, sendo oito dias com crises normais de enxaqueca, por mais de três meses, na ausência de abuso de medicamentos. As causas reais da enxaqueca não são conhecidas, embora se saiba que elas estão relacionadas com alterações do cérebro e possuem influência genética. A enxaqueca inicia quando as células nervosas, já em estado de hiperexcitabilidade, reagem a algum sentido frequentemente externo, enviando impulsos nervosos para os vasos sanguíneos, causando sua constrição (relacionado à aura) seguida de uma dilatação (expansão) e a libertação de prostaglandinas, serotonina e outras substâncias inflamatórias que causam a dor. O padrão de crise é sempre o mesmo para cada paciente, variando apenas de intensidade. O tempo entre crises é variável. Sabe-se também que o tempo para as crises em enxaqueca variam de indivíduo para indivíduo. 
   A dor de cabeça é uma das principais queixas nos gabinetes optométricos e consultórios oftalmológicos, mas há casos em que o profissional a ser procurado deve ser um neurologista. Alterações na visão seguidas de dores de cabeça, enjoo, fonofobia, sonolência e mal estar, são sintomas de uma doença que acomete cerca de 1% da população mundial: a enxaqueca oftálmica ou enxaqueca retiniana, que se distingue das enxaquecas clássicas por afetar a visão e outros sentidos, como a audição.


   O oftalmologista Dr. Virgílio Centurion, diretor do Instituto de Moléstias Oculares – IMO, explica:


 “Embora chamada de enxaqueca oftálmica, a doença tem origem neurológica. Trata-se de um distúrbio rápido, intermitente e reversível de circulação cerebral, que precede o aparecimento das crises de dor de cabeça”.

   Segundo o Dr. Virgílio, período menstrual, jejum prolongado, o uso de anticoncepcionais,  alterações no sono, estresse,  o consumo de frituras, café, chocolate,  álcool e problemas na coluna cervical e distúrbios da ATM (Articulação Temporo - Mandibular) são causadores da enxaqueca.

   Como o problema afeta em primeiro lugar a visão, os pacientes recorrem aos optometrista e oftalmologistas para diagnóstico. Após exames e anamnese, quando é descartado as possibilidades de problemas de visão e no globo ocular, os profissionais encaminham estes pacientes ao neurologista.

   O diagnóstico da enxaqueca oftálmica é comumente feito pelo oftalmologista.
“Como o paciente costuma informar a percepção de luzes (em formato de zig-zag), a perda de metade do campo visual (recuperada com o passar da crise), forte dor de cabeça (mais de um lado só, chamada de “hemicrania”), estado nauseoso e fotofobia, tudo ao mesmo tempo, ele teme perder a visão, o que pode ocorrer temporariamente, com algumas pessoas”, explica o Dr. Virgílio.

   Numa parcela bem pequena dos portadores de enxaqueca, a pálpebra superior de um dos olhos (do mesmo lado da dor) pode cair parcialmente.
Esse fenômeno recebe o nome de ptose palpebral e ocorre durante a crise de dor. Terminada a crise, a pálpebra volta ao normal. Esta forma de enxaqueca é denominada enxaqueca oftalmoplégica.

   Com o passar dos anos, os sintomas visuais que antecedem a crise de enxaqueca servem de atenção para que o indivíduo venha a recorrer ao diagnóstico adequado e não apenas ao uso de medicação para aliviar essas dores.

   Então por esse motivo é muito importante à continuidade do tratamento da doença. Sendo uma doença tão complexa que é objeto de estudo integrado de vários especialistas: optometrista, neurologistas, oftalmologistas, psicólogos, clínicos. “Já existem até clínicas e hospitais dedicados exclusivamente  à dor de cabeça”, destaca o Dr. Virgílio Centurion.

   A dor de cabeça provocada por erros de refração, tais como hipermetropia, miopia e astigmatismo, geralmente se iniciam após um período de esforço visual. O paciente acorda bem, mas durante o dia, ou ao final do período de aulas, trabalho e exposição ao uso de telas (televisão, tablet, computador), começam as dores de cabeça. Este tipo de queixa é chamado de astenopia.
Normalmente, tal problema costuma desaparecer, após a prescrição e o uso dos óculos ou lentes de contato, informa o oftalmologista Eduardo de Lucca, que também integra o corpo clínico do IMO.

   Outras patologias oftalmológicas também podem provocar cefaleia, como estrabismos, insuficiências de convergência, uveítes e glaucoma.

   A seguir quero informar para os leitores deste artigo algumas medidas sugeridas pela Eunice Leme Vidal, escritora adepta de um estilo de vida natural:
·         Aos primeiros sintomas:

1.    Escalda pés alternado: Durante três minutos, deixe os pés imersos até o tornozelo, em um balde com água quente em uma temperatura que possa suportar. Em seguida, coloque-os em um balde com água fria, na mesma quantidade por um minuto, nesse momento coloque um pouco de água bem quente no balde de água quente; repita o processo por vinte minutos.
2.    Compressas simultâneas alternadas: Comece colocando sobre a testa um pano umedecido com água quente. Ao mesmo tempo, coloque sobre a nuca um pano umedecido com água fria. Alterne de três em três minutos, durante vinte minutos.

·         Práticas que evitam as crises:
1.    Mantenha horários regulares para:
ü  Tomar refeições
ü  Deitar-se e levantar-se
ü  Estudar
ü  Lazer
ü  Ter momentos de paz e reflexão
2.    Garanta um bom funcionamento intestinal.
3.    Evite se expor a produtos de cheiro forte ou tóxicos:
ü  Tabaco
ü  Perfumes
ü  Produtos de limpeza
ü  Produtos químicos
4.    Mantenha o ambiente que você vive bem arejado.
5.    Tome bastante água ou chá caseiro durante o dia
6.    Diminua ou abandone o uso de leite e seus derivados
7.    Pratique exercícios físicos, de maneira regular e agradável.
Referencial:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fonofobia em 11.04.2015; http://www.minhavida. com.br/saude/temas/enxaqueca em 11.04.2015; http://www.minhavida. com. br/saude/temas/enxaqueca-com-aura em 11.04.2015; http://www.blogdasaude. com.br/saude-fisica/2011/05/16/enxaqueca-oftalmica-alteracoes-visuais-podem -indicar-outro-problema/ em 11.04.2015; Nedley, Neil. Proof Positive: how to reliably combat desease and achive optimal health through nutrition lifestyle. Acrchmore: Ok, USA, 1999 cap. 12, pág. 270.

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