domingo, 8 de março de 2015

Efeitos nocivos do estresse para o globo ocular


Efeitos nocivos do estresse para o globo ocular
 Cada dia que passa a população vive os efeitos nocivos do estresse que está associado a diversos fatores, tais como, excesso de trabalho, trânsito, problemas financeiros e sociais alimentação precária dentre outros.
  O estresse é definido como qualquer situação que cause uma demanda especial sobre a pessoa. Qualquer ação que ocorra um desiquilíbrio em sua saúde física e no psicológico que precise de ajuste e adaptações, causando diferentes reações de indivíduo para indivíduo.
    O “mau moderno”, está relacionado a alterações oculares que vão de espasmos palpebrais, até doenças degenerativas, por esse motivo dentre outros( ataques cardíacos, úlceras, dores de cabeça, pressão alta...), precisamos tomar atitudes conscientes para reduzir o estresse, evitando assim o que ele pode causar em nosso organismo.
  Em nosso país o estresse atinge 70% da população segundo levantamento de um Instituto internacional que desenvolve pesquisas na citada área - ISMA (International Management Stress Association). Para dificultar ainda mais, a nossa alimentação não vai bem. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indica que 40% da população adulta está acima do peso, mas o consumo de frutas, legumes e verduras no País é muito baixo, um evidente sinal de deficiência alimentar, segundo a Dra. Elisa Biazzi, devemos sempre ter uma alimentação equilibrada, baseada em cereais integrais, sementes e hortaliças, pois esse tipo de alimento é capaz de normalizar os processos químicos do cérebro e fortalece o sistema imunológico.
  De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Dr. Leôncio Queiroz Neto, além dos maus hábitos alimentares, o baixo índice nutricional pode ser causado por mudanças decorrentes do processo de envelhecimento, estresse e má absorção dos alimentos provocada por tabagismo, doenças ou medicamentos.
  Quando o assunto é visão, Dr. Leôncio diz que além do excesso de atividade física ou intelectual, os principais fatores estressantes são: esforço visual provocado pelo uso de óculos de grau desatualizados e uso intensivo do computador.
  Segundo o especialista, o estresse esgota alguns nutrientes. Destacando o magnésio, potássio e cálcio que mantêm o bom funcionamento de todos os músculos, inclusive dos orbiculares que respondem pelo movimento das pálpebras. Por conta dessa falta de nutrientes, é cada vez mais frequente o número de pacientes que chega ao consultório com espasmo palpebral, na proporção de duas mulheres para cada homem. Ele afirma que a incidência é maior entre mulheres porque muitas tomam diurético para emagrecer e acabam eliminando potássio na urina. É um perigo, adverte, porque a deficiência de potássio pode levar à arritmia cardíaca. Outro fator, é a menor absorção do cálcio na pós-menopausa causada pela queda da produção de estrogênios.
  Além do estresse, o consumo excessivo de cafeína, álcool e açúcar podem levar à deficiência desses nutrientes e causar o movimento involuntário das pálpebras. Por isso, para muitas pessoas basta diminuir este consumo para eliminar o problema. Nos casos persistentes, ele diz que o tratamento requer suplementação nutricional que é estabelecida após exame de sangue, para evitar problemas mais graves como hipertensão arterial, osteoporose, arritmia cardíaca e até alguns tipos de anemia.
  Outro efeito do estresse sobre os olhos é o acúmulo de radicais livres que acelera a oxidação das células, o uso de antioxidantes é válido, e pode levar à perda da visão. Dr. Leôncio afirma que em diversos estudos internacionais há evidências de que incluir na dieta antioxidantes – betacaroteno, luteína, zeaxantina, vitamina E, vitamina C – associado a zinco protege os olhos dos danos causados pelos radicais livres. Isso não quer dizer que a suplementação recupere a visão ou impeça o desenvolvimento da degeneração macular, maior causa de cegueira irreversível no mundo. Entretanto, um estudo do National Eye Intitute, órgão do governo americano, aponta que a suplementação com antioxidantes reduz em 25% a progressão da doença. Já contra a catarata ele diz que o melhor protetor é a luteína que filtra a luz azul, responsável pela oxidação do cristalino. Outros nutrientes como óleo de linhaça e ômega-3 são benéficos para o olho seco que se agrava no inverno com o aumento da estiagem. Queiroz Neto diz que o ressecamento da lágrima associado ao acúmulo de poluentes no ar torna os olhos mais vulneráveis a alergias e contaminações por vírus ou bactérias.
  Todos os nutrientes que precisamos para termos uma boa saúde visual são encontrados nos alimentos.
  As fontes de nutrientes que preservam a saúde ocular são:
·         Vitamina A- Retinol
Ovos, queijos, cenoura, pimentão vermelho, manga e folhas de verde intenso.
·         Vitamina E
Amêndoas, semente de girassol.
·         Vitamina C
Frutas cítricas, mamão, tomate, brócolis.
·         Zinco
Mariscos, ostras, feijão, lentilha, nozes.
·         Luteína
Gema de ovo, folhas verdes, ervilha.
·         Zeaxantina
Milho, pimentão amarelo, laranja, abóbora.
·         Ômega 3
Bacalhau, salmão, atum, arenque, semente de linhaça.
  Devemos evitar os seguintes alimentos:
·         Os estimulantes: café, chá-mate, chá-preto, bebidas a base de cola, guaraná em pó, chocolate, vinagre e pimentas;
·         Embutidos e fast-foods;
·         Alimentos ricos em gorduras: carnes gordas, manteiga e margarina, toucinho, bacon;
·         Bebidas alcóolica;
·         Alimentos refinados, pois não tem diversos nutrientes que protegem o sistema nervoso.
Fonte:
http://www.cmdv.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=480; Biazzi, Eliza. O segredo da saúde, Dicas práticas para evitar e tratar doenças, Tatuí, CPB 1ª. Edição, pág. 45; Leme Vidal, Eunice. Saúde com sabor, Receitas para uma vida saudável, Tatuí, CPB 8ª. Edição, pág 53 e 55


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