O nome
ceratocone tem origem do grego: kerato- chifre, córnea; e konos cone.
Consiste em uma doença não-inflamatória progressiva
do olho na
qual, modificam sua curvatura normal
(praticamente esférica) para um formato mais cônico. Este fenômeno de protrusão da área da córnea afinada é
chamado de ectasia - distensão corneana. Trata-se da distrofia mais comum da córnea, afetando 1 pessoa em cada 2.000,
embora alguns grupos étnicos apresentam uma prevalência maior que outros.
O ceratocone é uma doença da córnea de
etiologia ainda em discussão, acomete o
adolescente ou adulto jovem caracterizado por um afinamento e deformação de
forma progressiva da córnea (formato de cone), levando ao aparecimento de
miopia e uma elevada dificuldade visual gerando então o astigmatismo.
Os sintomas apresentados pelo paciente na forma inicial da doença
consistem em desconforto visual, visão borrada, dor de cabeça, fotofobia, baixa
da acuidade visual e troca constante do poder dióptrico das lentes oftálmicas.
Nas fases mais adiantadas a correção visual com óculos já não resolve e as
lentes de contato passam a ser a opção para correção da visão.
O ceratocone se associa com frequência à alergia e o prurido ocular pode ser o gatilho
que desencadeia a doença.
Em geral, quanto mais precoce o aparecimento da doença, pior o
prognóstico.
Classificamos então o ceratocone
em 4 graus evolutivos, de acordo com a complexidade da doença. Assim nos
estágios iniciais não existem alterações ao exame clínico senão a baixa da
visão com óculos. Nos estágios mais avançados, as alterações são evidentes, e
consistem no afinamento e dilatação da córnea, com surgimento de opacidades e
baixa acentuada da acuidade visual. A visão só é possível com lentes de
contato.
Pouco tempo atrás o tratamento do ceratocone
consistia na prescrição de óculos ou lentes de contato e quando estes métodos
não ofereciam mais o efeito desejado, o transplante de córnea era a única solução possível.
Atualmente, com o surgimento dos Anéis Corneanos de Ferrara, é possível a
recuperação destes indivíduos, ainda nas fases iniciais, prolongando ou
eliminando a necessidade do transplante de córnea.
O Anel de Ferrara consiste em uma técnica ortopédica que corrige as
deformidades através do fortalecimento da córnea, diminuindo a miopia e o
astigmatismo, melhorando o conforto e a visão. Não apresenta rejeição e consiste
em um procedimento rápido e indolor, permitindo assim uma recuperação rápida e
a volta do paciente as atividades normais em pouco tempo.
Fonte:
http://aneldeferrara.com.br/cirurgiastratamentos/id/43,
em 22.04.2015; http://pt.wikipedia.org/wiki/Ceratocone,
em 22.04.2015.
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