quarta-feira, 22 de abril de 2015

Ceratocone



  O nome ceratocone tem origem do grego: kerato- chifre, córnea; e konos cone. Consiste em uma doença não-inflamatória progressiva do olho na qual, modificam sua curvatura normal (praticamente esférica) para um formato mais cônico. Este fenômeno de protrusão da área da córnea afinada é chamado de  ectasia - distensão corneana.  Trata-se da distrofia mais comum da córnea, afetando 1 pessoa em cada 2.000, embora alguns grupos étnicos apresentam uma prevalência maior que outros.

   O ceratocone é uma doença da córnea de etiologia ainda em  discussão, acomete o adolescente ou adulto jovem caracterizado por um afinamento e deformação de forma progressiva da córnea (formato de cone), levando ao aparecimento de miopia e uma elevada dificuldade visual gerando então o astigmatismo.

   Os sintomas apresentados pelo paciente na forma inicial da doença consistem em desconforto visual, visão borrada, dor de cabeça, fotofobia, baixa da acuidade visual e troca constante do poder dióptrico das lentes oftálmicas. Nas fases mais adiantadas a correção visual com óculos já não resolve e as lentes de contato passam a ser a opção para correção da visão.

   O ceratocone se associa com frequência à  alergia e o prurido ocular pode ser o gatilho que desencadeia a doença.

   Em geral, quanto mais precoce o aparecimento da doença, pior o prognóstico.

   Classificamos então  o ceratocone em 4 graus evolutivos, de acordo com a complexidade da doença. Assim nos estágios iniciais não existem alterações ao exame clínico senão a baixa da visão com óculos. Nos estágios mais avançados, as alterações são evidentes, e consistem no afinamento e dilatação da córnea, com surgimento de opacidades e baixa acentuada da acuidade visual. A visão só é possível com lentes de contato.

   Pouco tempo atrás o tratamento do ceratocone consistia na prescrição de óculos ou lentes de contato e quando estes métodos não ofereciam mais o efeito desejado, o transplante de córnea era a única solução possível.

   Atualmente, com o surgimento dos Anéis Corneanos de Ferrara, é possível a recuperação destes indivíduos, ainda nas fases iniciais, prolongando ou eliminando a necessidade do transplante de córnea.

   O Anel de Ferrara consiste em uma técnica ortopédica que corrige as deformidades através do fortalecimento da córnea, diminuindo a miopia e o astigmatismo, melhorando o conforto e a visão. Não apresenta rejeição e consiste em um procedimento rápido e indolor, permitindo assim uma recuperação rápida e a volta do paciente as atividades normais em pouco tempo.

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