A enxaqueca crônica se caracteriza por
cefaleia em 15 ou mais dias do mês, sendo oito dias com crises normais de
enxaqueca, por mais de três meses, na ausência de abuso de medicamentos. As causas reais da enxaqueca não são conhecidas,
embora se saiba que elas estão relacionadas com alterações do cérebro e possuem
influência genética. A enxaqueca inicia quando as células nervosas, já em
estado de hiperexcitabilidade, reagem a algum sentido frequentemente externo,
enviando impulsos nervosos para os vasos sanguíneos, causando sua constrição
(relacionado à aura) seguida de uma dilatação (expansão) e a libertação de
prostaglandinas, serotonina e outras substâncias inflamatórias que causam a
dor. O padrão de crise é sempre o mesmo para cada paciente, variando apenas de
intensidade. O tempo entre crises é variável. Sabe-se também que o tempo para
as crises em enxaqueca variam de indivíduo para indivíduo.
A dor de cabeça é uma das principais queixas
nos gabinetes optométricos e consultórios oftalmológicos, mas há casos em que o
profissional a ser procurado deve ser um neurologista. Alterações na visão
seguidas de dores de cabeça, enjoo, fonofobia, sonolência e mal estar, são
sintomas de uma doença que acomete cerca de 1% da população mundial: a
enxaqueca oftálmica ou enxaqueca retiniana, que se distingue das enxaquecas
clássicas por afetar a visão e outros sentidos, como a audição.
O oftalmologista Dr. Virgílio Centurion,
diretor do Instituto de Moléstias Oculares – IMO, explica:
“Embora chamada de enxaqueca oftálmica, a
doença tem origem neurológica.
Trata-se de um distúrbio rápido, intermitente e reversível de circulação
cerebral, que precede o aparecimento das crises de dor de cabeça”.
Segundo o Dr. Virgílio, período menstrual,
jejum prolongado, o uso de anticoncepcionais,
alterações no sono, estresse, o
consumo de frituras, café, chocolate, álcool e problemas na coluna cervical e
distúrbios da ATM (Articulação Temporo - Mandibular) são causadores da
enxaqueca.
Como o problema afeta em primeiro lugar a
visão, os pacientes recorrem aos optometrista e oftalmologistas para
diagnóstico. Após exames e anamnese, quando é descartado as possibilidades de
problemas de visão e no globo ocular, os profissionais encaminham estes pacientes
ao neurologista.
O diagnóstico da enxaqueca oftálmica é
comumente feito pelo oftalmologista.
“Como o paciente costuma
informar a percepção de luzes (em formato de zig-zag), a perda de metade do
campo visual (recuperada com o passar da crise), forte dor de cabeça (mais de
um lado só, chamada de “hemicrania”), estado nauseoso e fotofobia, tudo ao mesmo
tempo, ele teme perder a visão, o que pode ocorrer temporariamente, com algumas
pessoas”, explica o Dr. Virgílio.
Numa parcela bem pequena dos portadores de
enxaqueca, a pálpebra superior de um dos olhos (do mesmo lado da dor) pode cair
parcialmente.
Esse fenômeno recebe o
nome de ptose palpebral e ocorre durante a crise de dor. Terminada a crise, a
pálpebra volta ao normal. Esta forma de enxaqueca é denominada enxaqueca
oftalmoplégica.
Com o passar dos anos, os sintomas visuais
que antecedem a crise de enxaqueca servem de atenção para que o indivíduo venha
a recorrer ao diagnóstico adequado e não apenas ao uso de medicação para
aliviar essas dores.
Então por esse motivo é muito importante à
continuidade do tratamento da doença. Sendo uma doença tão complexa que é
objeto de estudo integrado de vários especialistas: optometrista, neurologistas,
oftalmologistas, psicólogos, clínicos. “Já
existem até clínicas e hospitais dedicados exclusivamente à dor de
cabeça”, destaca o Dr. Virgílio Centurion.
A dor de cabeça provocada por erros de
refração, tais como hipermetropia, miopia e astigmatismo, geralmente se iniciam
após um período de esforço visual. O paciente acorda bem, mas durante o dia, ou
ao final do período de aulas, trabalho e exposição ao uso de telas (televisão,
tablet, computador), começam as dores de cabeça. Este tipo de queixa é chamado
de astenopia.
Normalmente, tal
problema costuma desaparecer, após a prescrição e o uso dos óculos ou lentes de
contato, informa o oftalmologista Eduardo de Lucca, que também integra o corpo
clínico do IMO.
Outras patologias oftalmológicas também
podem provocar cefaleia, como estrabismos, insuficiências de convergência,
uveítes e glaucoma.
A seguir quero informar para os leitores
deste artigo algumas medidas sugeridas pela Eunice Leme Vidal, escritora adepta
de um estilo de vida natural:
·
Aos primeiros sintomas:
1.
Escalda pés alternado: Durante três minutos,
deixe os pés imersos até o tornozelo, em um balde com água quente em uma
temperatura que possa suportar. Em seguida, coloque-os em um balde com água
fria, na mesma quantidade por um minuto, nesse momento coloque um pouco de água
bem quente no balde de água quente; repita o processo por vinte minutos.
2. Compressas simultâneas
alternadas: Comece colocando sobre a testa um pano umedecido com água
quente. Ao mesmo tempo, coloque sobre a nuca um pano umedecido com água fria.
Alterne de três em três minutos, durante vinte minutos.
·
Práticas que evitam as crises:
1. Mantenha horários regulares para:
ü Tomar refeições
ü Deitar-se e levantar-se
ü Estudar
ü Lazer
ü Ter momentos de paz e reflexão
2. Garanta um bom funcionamento intestinal.
3. Evite se expor a produtos de cheiro forte ou
tóxicos:
ü Tabaco
ü Perfumes
ü Produtos de limpeza
ü Produtos químicos
4. Mantenha o ambiente que você vive bem arejado.
5. Tome bastante água ou chá caseiro durante o dia
6. Diminua ou abandone o uso de leite e seus
derivados
7. Pratique exercícios físicos, de maneira regular
e agradável.
Referencial:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fonofobia
em 11.04.2015; http://www.minhavida.
com.br/saude/temas/enxaqueca em 11.04.2015; http://www.minhavida.
com. br/saude/temas/enxaqueca-com-aura em 11.04.2015; http://www.blogdasaude.
com.br/saude-fisica/2011/05/16/enxaqueca-oftalmica-alteracoes-visuais-podem
-indicar-outro-problema/ em 11.04.2015; Nedley,
Neil. Proof Positive: how
to reliably combat desease and achive optimal health through nutrition
lifestyle. Acrchmore: Ok, USA, 1999 cap. 12, pág. 270.
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