quarta-feira, 8 de julho de 2015

A definição de cor

   Podemos dizer que cor é um estímulo produzidos através de  raios luminosos em nossos órgãos sendo interpretada por nosso cérebro. Identifica-se por um fenômeno físico-químico em que cada cor depende do comprimento de onda da luz.

   Os mais variados corpos iluminados absorvem parte das ondas eletromagnéticas e refletem o restante de tais ondas. Essas ondas refletidas são captadas pelo olho então, dependendo do comprimento de onda, são interpretadas pelo cérebro. Através de situações com baixa qualidade de luz, o ser humano consegue ver apenas o preto e branco.

   Podemos definir a cor branca como o resultado da sobreposição de todas as cores, mas a cor preta, em contrapartida, é o seu contrário definindo-se como sendo a ausência de cor. Destaca-se que se tem conhecimento como cores primárias, aquelas que não se conseguem obter a partir da mistura de variadas cores.
   Consiste em uma percepção visual, provocada pela ação de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina (cones e bastonetes), que transmitem através de informação pré-processada ao nervo óptico, impressões para o sistema nervoso.
   Dizemos, então que a cor de um material é determinada pelas médias de frequência dos pacotes de onda que as suas moléculas constituintes podem refletir. Um objeto terá determinada cor se não absorver justamente os raios correspondentes à frequência daquela de tal cor. Assim, um objeto é vermelho se absorve preferencialmente as frequências fora do vermelho.
   A cor está relacionada com os diversos comprimentos de onda do espectro eletromagnético. São percebidas pelas pessoas, em faixa específica  e por alguns animais através dos órgãos de visão, como uma sensação que nos permite diferenciar os objetos do espaço com uma maior precisão.
   Considerando as cores como luz, a cor branca  é resultado da sobreposição por todas as cores primárias (verde, azul e vermelho), enquanto o preto é a ausência de luz. Uma luz branca pode ser decomposta em todas as cores  por meio de um prisma. No meio ambiente, esta decomposição origina um arco-iris.
   As cores primárias de luz são as mesmas secundárias de pigmento, tal como as secundárias de luz são as primárias de pigmento. As cores primárias de pigmento combinadas duas a duas, na mesma proporção, geram o seguinte resultado:
·         magenta + amarelo = vermelho
·         amarelo + ciano = verde
·         ciano + magenta = azul cobalto
   Focos de luz primária combinados dois a dois geram este resultado:
·         azul cobalto + vermelho = magenta
·         vermelho + verde = amarelo
·         verde + azul cobalto = ciano
   A principal diferença entre um corpo azul (iluminado por luz branca) e uma fonte emissora azul é de que o pigmento azul está a absorver o verde e o vermelho refletindo apenas azul enquanto que a fonte emissora de luz azul emite efetivamente apenas azul. Se o objeto fosse iluminado por essa luz ele continuaria a parecer azul. Mas, se pelo contrário, ele fosse iluminado por uma luz amarela (luz Vermelha + Verde) o corpo pareceria negro.
   Na natureza, amarelo, azul e vermelho são as cores de onde todas as outras se originam a partir de suas combinações:
·         amarelo + azul = verde
·         vermelho + amarelo = laranja
·         azul + vermelho = roxo
   A combinação de cores primárias formam cores secundárias, que combinadas com cores secundárias formam cores terciárias e assim por diante.
   A fim de se poderem ajustar os emissores luminosos (lâmpadas, e monitores em geral) com a percepção natural do olho humano, para o qual são projetados e construídos, é preciso criar alguns parâmetros de medida dessas cores, então os três parâmetros básicos são:
*      Matriz – corresponde à intensidade espectral de cor (isto é, qual o comprimento de onda dominante);

*     Brilho – corresponde à intensidade luminosa (isto é, mais brilho, mais luz, mais "claridade");

*      Saturação – corresponde à pureza espectral relativa da luz (alta saturação = cor bem definida dentro de estreita faixa espectral; baixa saturação = cor "indefinida" tendendo ao branco, ampla distribuição espectral).
   Podemos então notar que as cores mais claras aparentam maior brilho, mas na verdade isto é devido ao efeito combinado de brilho e matiz. Também incluímos a designação intensidade de cor, que é o efeito combinado de matriz e saturação. Agora outro parâmetro que pode causar alguma confusão é a densidade de cor, que não diz respeito aos emissores e sim aos meios transparentes. A densidade de cor é uma medida do grau de opacidade (que é a absorção da luz), combinado com a intensidade de cor.
   Através de  dois diferentes espectros de luz, tem o mesmo efeito nos três receptores do olho humano (células-cones), serão percebidos como sendo a mesma cor. A aferição da cor é fundamental para a sua criação e reprodução com real precisão, em especial. Existem diversos meios para definirmos a aferição das cores, tais como a tabelas de cores, o círculo cromático e os modelos de cores.
   A cor é algo que nos é tão familiar que se torna para nós difícil compreender que ela não corresponde a propriedades físicas do mundo mas sim à sua representação interna, em nível cerebral

. Ou seja, os objetos não têm cor; a cor corresponde a uma sensação interna provocada por estímulos físicos de natureza muito diferente que dão origem à percepção da mesma cor por um ser humano. Não notamos, por exemplo, nenhuma diferença fundamental na cor dos objetos familiares quando se dá uma mudança na iluminação. Para o nosso sistema visual, as cores da pele e dos rostos das pessoas e as cores dos frutos permanecem fundamentalmente invariáveis, embora seja tão difícil conseguir que esse tipo de objecto fique com a cor certa num monitor de televisão.
A cor não tem só que ver com os olhos e com a retina mas também com a informação presente no cérebro. Enquanto, com uma iluminação pobre, um determinado objecto cor de laranja pode ser visto como sendo amarelado ou avermelhado, vemos normalmente mais facilmente com a sua cor certa, laranja, porque é um objecto de que conhecemos perfeitamente a cor. E, se usarmos durante algum tempo óculos com lentes que são verdes de um lado e vermelhas do outro, depois, quando tiramos os óculos, vemos durante algum tempo tudo esverdeado, quando olhamos para um lado, e tudo avermelhado, quando olhamos para o outro. O cérebro aprendeu a corrigir a cor com que «pinta» os objectos para eles terem a cor que se lembra que eles têm; e demora algum tempo a perceber que deve depois deixar de fazer essa correcção.
A chamada constância da cor é este fenómeno que faz com que a maioria das cores das superfícies pareçam manter aproximadamente a sua aparência mesmo quando vistas sob iluminação muito diferente. O sistema nervoso, a partir da radiação detectada pela retina, extrai aquilo que é invariante sob mudanças de iluminação. Embora a radiação mude, a nossa mente reconhece certos padrões constantes nos estímulos perceptivos, agrupando e classificando fenómenos diferentes como se fossem iguais. O que vemos não é exatamente «o que está lá fora», mas corresponde a um modelo simplificado da realidade que é de certeza muito mais útil para a nossa sobrevivência.
Os organismos complexos não reagem diretamente aos estímulos físicos em si, mas sim à informação sobre os estímulos representada internamente por padrões de atividade neuronal. Se os estímulos fornecem informação sobre a cor, é apenas porque a qualidade sensorial, a que chamamos cor, emerge nos mecanismos sensoriais pelo processo de aprendizagem e é por estes projetadas sobre os estímulos. E uma grande variedade de combinações de estímulos muito diferentes pode gerar esse mesmo padrão de atividade neuronal correspondente a um mesmo atributo de uma qualidade sensorial. São essas qualidades sensoriais que permitem aos seres vivos detectar a presença de comida ou de predadores, sob condições de luz diferentes e em ambiente variados. Correspondem a um modelo simplificado do mundo que permite uma avaliação rápida de situações complexas e que se mostrou útil e adequado à manutenção de uma dada espécie.



Referência:
A precepção das cores Cambridge in Colour. cambridgeincolour.com/pt-br/tutorials/color-perception.htm. Visitado em 07.07.2015;

Moreno, Luciano (28 de fevereiro de 2008). Teoria da cor, propriedade das cores em criarweb.com/artigos/teoria-da-cor-propriedades-das-cores.html. Visitado em 07.07.2015;

Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro, Fundamentos da colorimetria www.puc-rio.br. Visitado em 06.07.2015;

Teoria da cor, Ensinar EVT, ensinarevt.com/conteudos/teoria_cor/. Visitado em 07.07.2015;

ufpa.br/dicas/htm/htm-cor4.htm, visitado em 06.07.2015


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