segunda-feira, 6 de abril de 2020

A natureza da luz


De acordo com os dicionários da língua portuguesa, luz significa: radiação eletromagnética capaz de provocar sensação visual num observador normal; claridade emitida pelos corpos celestes; brilho, fulgor, cintilação; aquilo que esclarece; faculdade de percepção; evidência, certeza, verdade, entre outros.
   A palavra luz pode ter variados significados, mas em seus aspectos estritamente objetivos e científicos, como entendermos o que é luz?
   Segundo o físico Alfredo Roque Salvetti, professor da UFMS, ao formularmos perguntas, desmarcamos o assunto com uma sequência de dúvidas e procuramos delimitar a nossa ignorância.
   O livro de Gênesis relata que no princípio a terra era sem forma e vazia e existiam trevas sobre a face do abismo, então o Senhor Deus no primeiro dia da sua criação criou a luz, então separou a luz da escuridão.
   Sem luz não pode existir a vida, como a conhecemos, a mesma depende do carbono, água e luz. A vida animal depende da vida vegetal que por sua vez precisa da luz para realizar a fotossíntese, produzir energia para se manter viva, se desenvolver e se reproduzir. Com a ausência de luz a cadeia alimentar é interrompida.
   Costumamos associar a luz ao mecanismo da visão, contudo a visão é apenas uma forma de detectar a luz ou parte dela. A luz não nos afeta o olfato, a audição ou o paladar, então não podemos degustar a luz, saborear ou mesmo ouvir a luz. Também não podemos pelo tato perceber a sua forma ou sua consistência, mas podemos sentir a sensação de calor quando estamos sob a luz do sol (até se queimar) ou nas proximidades de uma lâmpada incandescente.
   Por tempos muito se tem especulado, sobre o que é luz, sua natureza. Na antiguidade, por exemplo, acreditou-se que os olhos emitiam luz (acreditavam que saiam raios de luz dos nossos olhos), para podermos enxergar as imagens.
   Muitas e muitas explicações e a evolução do conhecimento humano sobre os fenômenos ópticos fizeram que alguns cientistas, como o italiano Galileu Galilei, o francês René Descartes e o inglês Isaac Newton, defendessem a ideia de que a luz era constituída por partículas. Já alguns como Francesco Maria Grimaldi, Italiano, Christian Huygens, holandês e Thomas Young, inglês, acreditavam que a luz era um fenômeno ondulatório.
   Tais discordâncias sobre a natureza da luz, como um modelo corpuscular ou ondulatório, duraram diversos anos, especialmente entre os séculos XVII e XVIII, gerando grandes debates entres os cientistas desta época.
   Isaac Newton, ao estudar diversos efeitos luminosos, particularmente aqueles ligados às cores, elaborou uma teoria sobre a natureza da luz, conhecida como modelo corpuscular, que afirmou ser a luz constituída por partículas que, ao serem emitidas por uma fonte luminosa, se propagam no espaço com uma enorme velocidade em linha reta. O estímulo provocado por essas partículas no nosso sistema óptico seria o responsável pela sensação de visão. Tendo base este modelo Newton, explicou, naquela época, fenômenos ópticos, como reflexão da luz, sua refração e a cor dos corpos. Posteriormente verificou-se que esse modelo não era consistente no que se referia à refração, pois a velocidade da luz em um meio como a água é menor do que no ar, e, segundo este modelo essa velocidade seria maior, impossível de media na época, foi então que em meados do século XIX, Leon Foucault, conseguiu fazer essa medição, constatando que a velocidade da luz na água é menor que no ar, criando com isso, condições favoráveis para que os defensores do modelo ondulatório da luz excluíssem o modelo corpuscular da luz.
   Já no início do século XX, entretanto, existiam diversos fenômenos físicos que não podiam ser explicados nem como corpuscular de Newton nem com o modelo ondulatório. Entre esses fenômenos estão o efeito fotoelétrico e os espectros atômicos.
   O que se conhece hoje por efeito fotoelétrico, corresponde à emissão de elétrons pela superfície de um metal quando este é atingido pela luz. Albert Einstein desenvolveu estudos sobre o efeito fotoelétrico e formulou uma hipótese, segundo a qual a luz seria constituída por partículas, sem massa, atualmente denominadas de fótons, que propôs um caráter corpuscular para a natureza da luz, foi verificada experimentalmente pelo físico Robert Millikan.
   Mas afinal, qual a natureza da luz, essa era a dúvida.
   Atualmente, a física quântica aceita os dois comportamentos para a luz, a dualidade partícula-onda. De acordo com esse ponto de vista, não só a luz, mas também a matéria pode apresentar-se como partícula em certos experimentos e como onda em outros.




Fonte:
ALMEIDA, João Ferreira, Bíblia Sagrada, Edição revista e corrigida, Editora. Sociedade Bíblica Brasileira, Gênesis 1:2-4
SALVETTI, Alfredo Roque, A história da luz, 2ª. Edição revista, Editora. Livraria da física, 2008 São Paulo, pág, 10, 11,
BENIGNO, Barreto Claudio Xavier, Física aula por aula, 2ª. Edição, Editora. FTD, 20133 São Paulo, pág, 189, 207.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Ciclo Circadiano - Como anda seu sono?

O ciclo circadiano consiste sendo o ritmo biológico de cada espécie, animal ou vegetal, em torno de 24h, tal ciclo é controlado pelo hipotálamo.

A palavra circadiano provém do latim “cerca de um dia” - circa diem. Podemos definir  o ritmo ou ciclo circadiano sendo o nosso relógio biológico, quando esse ciclo é interrompido sofremos algumas altereçoes como a do humor.

          A luz é a principal influência sobre o ciclo circadiano, podendo alterar os momentos de sono e de vigília do indivíduo

         De acordo com a fase do dia, vão sendo produzidas diversas alterações nas funções biológicas como a respiração, a circulação, a digestão, a secreções endócrinas, o sono.

   O ciclo pode ser interrompido por conta das luzes emitidas por, smartphone, laptop ou tablet, de modo que os pesquisadores estão começando a entender. Segundo Tracy Bedrosian da Universidade de Ohio, “diversas fontes modernas de luz artificial que contem comprimentos de onda azul, podem ser prejudiciais para os seres humanos, para seu humor podendo causar até depressão”.

            “Desde a criação humana e sua habitação na Terra, a luz vem afetando nossas funções biológicas, mas a compreensão de que tipo de luz tem um impacto maior ou como o fato ocorre é algo novo e ainda não temos todas as respostas", disse Mariana Figueiredo, pesquisadora brasileira do Centro de Pesquisa da Luz, do Instituto Rensselaer, em Nova York à rede de comunicação BBC.
Mariana Figueiredo é autora de estudos pioneiros sobre a influência dos dispositivos eletrônicos no sono, atualmente a mesma investiga sobre como usar a luz de forma mais eficaz, ajudando os idosos ter mais qualidade de sono e desenvolve um projeto com o departamento de defesa americano para melhorar a iluminação de submarinos.
A seguir mencionarei algumas dicas de como melhorar o seu ciclo circadiano:
ü  Desligue aparelhos eletrônicos duas horas antes de dormir – em um estudo realizado pela Dra. Mariana, foi demonstrado que duas horas de uso do iPad, foram suficientes para prejudicar a produção de melatonina, esse hormônio diz para o nosso corpo quando é a hora de desacelerar e dormir, tais aparelhos produzem a luz azul de comprimento de onda curta, que afetam fotorreceptores sensíveis a esse comprimento de onda, quando não são atingidos pela luz de comprimento de onda ideal, demoramos de pegar no sono, prejudicando a produção de melatonina. Devemos então, minimizar a exposição da luz azul à noite;

ü    Óculos bloqueadores da luz azul -  caso não tenha alguma  alternativa, senão trabalhar até tarde,  devemos reduzir a exposição aos dispositivos luminosos por mio de óculos com coloração laranja que rebatem a luz azul, diminuindo o impacto sobre o sistema circadiano. Mesmo que você não esteja olhando para um equipamento que tenha tela com luz azul, você pode ser beneficiado com o uso destes óculos, pois mesmo que esteja na sua residência, uma vez que quase todas as luzes, da rua, da nossa casa, são de comprimento de onda azul, prejudicando o seu ciclo circadiano;

ü    Exponha seus olhos a luz solar, nas primeiras horas do dia – devemos manter uma regularidade para dormir e acordar, fazer caminhada pela manhã, evitando o uso de óculos escuros, pois a luz solar é um importante fonte de vitamina D, a parte visível da luz solar tem a função de regular o nosso ritmo circadiano e todas as suas atividades, como por exemplo a liberação de hormônios em momentos de sono ou vigília. É também com a ajuda da luz solar que podemos desenvolver a nossa capacidade natural de visão.

É comprovado cientificamente que quem trabalha fora dos horários habituais corre mais risco de ter câncer, diabetes, obesidade e doença cardiovasculares.
Existem diversas evidências para uma relação entre o ritmo circadiano anormal e alterações metabólicas relacionadas com tais patologias. O ciclo de trabalho noturno é em grande parte o desequilíbrio do controle de substâncias. Distúrbios do ritmo circadiano originam a diminuição das concentrações plasmáticas de leptina, produzido pelo tecido adiposo e o aumento da concentração de plasma de grelina o peptídeo, que estimula o apetite. Isso se traduz em um aumento do apetite, muitas vezes com a preferência por doces e alimentos ricos em hidratos de carbono com amido, contribuindo assim para o aumento do lipídio e, acima de tudo, o metabolismo de triglicérides.
Mas, de acordo com a Dra Mariana Figueiredo, uma das medidas que  podemos fazer é minimizar a luz antes de dormir pela manhã, no final do turno, e aumentá-la quando se acordar no período da tarde, abrindo espaço para caminhar à luz do dia antes de retornar ao trabalho.

Fonte:



quarta-feira, 14 de junho de 2017

Dominância Ocular e Aprendizado: Lateralidades


Dominância Ocular e Aprendizado: Lateralidades
Gileade Molina/ Luís Acácio Mota/ Wilson Portela Chaves Júnior/ Simone Domingos Alves/


Resumo.
O estudo sobre a “Dominância Ocular” para um especialista da visão deve ser observado em prática no consultório principalmente porque é uma importante influência no aprendizado da criança. Muitos pais chegam ao consultório quando a criança está em fase escolar, nos casos de sete ou acima de oito anos de idade, período que ocorre a transição da plasticidade neural (até sete anos de idade) – na qual o sistema nervoso central dá resposta ao estímulo visual -, ao período da maturação (após oito anos de idade), idade também a qual a criança já está com dificuldades na aprendizagem por conta de grau elevado e sem o uso de lentes corretivas e, ou mesmo com um dos olhos suprimido (quando o olho está entrando na fase da ambliopia, ou mesmo que já esteja amblíope). Aqui abordaremos um artigo científico de um projeto de pesquisa com crianças em 6 escolas de João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Palavra-chave: Dominância Ocular, Crianças, Neuropsicologia, Optometria Pediátrica.
Abstract.
The "Ocular Dominance" study for a vision specialist should be observed in practice in the office primarily because it is an important influence on the child's learning. Many parents arrive at the office when the child is in school, in cases of seven or above eight years of age, that the transition of neural plasticity (up to seven years of age) occurs - a period in which the central nervous system responds to the Visual stimuli, maturation (after eight years of age), which the child is already experiencing learning difficulties because of high grade and without the use of corrective lenses and or even with one eye suppressed (when the eye is Becoming amblyopic or even already amblyopic). Here we will cover a scientific article about a research project with children in 6 schools in João Pessoa, Paraíba, Brazil.
Key words: Ocular Dominance, Children, Neuropsychology, Pediatric Optometry.
Introdução
Como nosso corpo e cérebro existem dois lados, mas, não necessariamente com a mesma força lateral, quer dizer, que os membros (olhos, mãos, pés e mesmo as duas audições) e órgãos (como dois pulmões e dois rins) podem ser mais fortes de um lado e do outro podem ser mais fracos, mesmo o corpo devidamente simétrico ao seu eixo verticalmente, pessoas usam um dos lados do corpo com mais firmeza do que do outro, como exemplo a mão de um destro que seu Domínio Manual é o direito, ele terá maior destreza com essa mão direita do que com a esquerda. E, devido ao nosso tema “ Dominância Ocular – DO” - sendo Sensorial (DOS) ou Motora (DOM), devemos definir a lateralidade do olhar, que muito implica no aprendizado infantil, idade de plasticidade (que ocorre de seu nascimento, pós terno, até os sete anos de idade) e pós plasticidade que ocorre a maturação e possíveis achados, como diplopia, supressão e a ambliopia. Associamos a Dominância Ocular um alvo, um olho que domina o outro em atividades com percepção motoras ou sensoriais, quando nosso sistema nervoso se forma ele é quem escolhe qual sua lateralidade dominante, seus fatores podem ser determinantes pela própria genética e ou mesmo ambiente. Com os membros inferiores podem ocorrer situações como lateralidade homogenia, quando um dos hemisférios escolhe o lado que irá dominar e outro hemisfério passa a ser dominado, ou seja, todo um lado destro a ser dominado ou todo um lado esquerdo dominado, ou mesmo quando há lateralidade cruzada, quando a mão dominante é destra, mas o olho dominante é o esquerdo.
“As questões sobre lateralidade vêm sendo aprofundadas desde a abordagem de Paul Broca sobre dominância cerebral hemisférica, em 1861. Desde então, muito se discute sobre o predomínio de um dos hemisférios cerebrais nas manifestações comportamentais e funcionais do ser humano. Porém, ainda são várias as controvérsias em torno do assunto, e nenhuma relação clara foi estabelecida. O tema, que apresenta amplas ramificações, assume destaque na Neuropsicologia devido a uma série de estudos que teorizam a associação entre transtornos de aprendizagem e lateralização na infância” (Eglinton & Annett, 2008; Guardiolla, Ferreira & Rotta, 1998; Reio, Czarnolewski & Eliot, 2004; Smythe & Annet, 2006).
Dominância Ocular
Relacionando os estudos em artigos e um artigo de pesquisa científica observou que a preocupação da visão da criança só é relacionada quando a criança está em fase escolar aos sete anos de idade e está com dificuldades na aprendizagem, mas não é identificada aparentemente.  A avaliação visual deve ocorrer por volta de dois anos de idade-pós natal, e, pela falta de planejamentos de testes pedagógicos ou falta de informações aos pais e professores, tais exemplos (como identificar qual lateralidade dominante a criança tem melhor destreza na lateralidade mão, lateralidade ocular, lateralidade de pé, observando ao rabiscar, desenhar, comer, pular amarelinha, atender um telefone, jogar bola, entre outros; Dentre alguns procedimentos como o teste do canudo para identificar qual o olho dominante - no qual a criança segurar o canudo como se fosse um brinquedo como uma luneta, a criança deve estar sentada numa cadeira à distância de frente a um quadro na parede distante, uns 6 metros, e ao examinar pede que a criança segure um rolo de papelão na altura acima do nariz entre os dois olhos e peça para que a criança olhe para o quadro através desde rolo, assim o examinado que estará próximo identifica qual o olho em que a criança fixa o olhar -; outro teste determina qual o pé dominante - através de um jogar de bola -; teste da dominância auditiva - peça a criança que atenda a um telefonema, a criança atenderá ao lado que tiver maior percepção auditiva -, assim, como pegar ao telefone, a maior percepção lateral de mãos.
Dominância Ocular Sensorial
(DOS) tem a percepção da imagem mais nítida, onde é feito um procedimento de rivalidade binocular.

Dominância Ocular Motora
(DOM) na qual a percepção é de um alvo, quando se fixa a um objeto e o olho dominante se matem fixado, enquanto o olho dominado converge (PPC) ponto próximo de convergência.

Dominância Cruzada
Quando existe a DO lateralmente diferente da DM ocorre Lateralidade Cruzada – ou Dominância Cruzada, pois a lateralidade dos membros se cruza, causando desordem espacial, certas dificuldades de aprendizados na alfabetização são observadas nas crianças como a dislexia. Há testes com diversas brincadeiras para se identificar as lateralidades como a brincadeira (como a de imitar o chefe, peça à criança que levantar o braço direito, perna esquerda, balança a cabeça, dá uma voltinha...).

Dominância Homônima
            Quando há dominância de uma lateralidade de todos os membros.

Transtornos na Aprendizagem
Quando há transtorno de ordem espacial como a dislexia, a criança tem dificuldades de ordem na leitura, e na discalculia (disfunção que dificuldades na matemática), observa-se excesso de uso de mão esquerda ou ambas as mãos e inconsistência de se organizar podendo usar o mesmo lado para olhos e pé, - em pesquisa, nem todos os estudos tem esse achado -, mas em alguns artigos informam que numa lesão no hemisfério esquerdo, podem ocorrer epilepsia ou mesmo retardo mental, mas nos casos de aprendizagem na fase escolar percebem-se as inadaptações do aluno.

                                                                               
“A Tabela abaixo mostra as frequências das diferentes fórmulas de lateralidade conjunta mão-olho-pé encontradas na amostra, de acordo com o gênero.Verificou-se predominância de destros completos (DDD), isto é, utilização preferencial de mão, olho e pé direitos para a realização de tarefas, tanto em meninas quanto em meninos”.                             
                                                                                               
http://www.scielo.br/img/revistas/estpsi/v27n1/a01tab02.gif
Estudos de psicologia (Campinas) janeiro – março 2010

Conclusão
            Concluímos que este artigo de pesquisa com alunos na fase escolar esta relação entre as relações de dominância da mesma lateralidade onde se identificam a Lateralidade Manual, e Lateralidade Ocular, olhos junto aos membros inferiores, complementando a organização espacial dos estudantes, pois deve manter-se íntegro a informação e integração e percepção visual, vias ópticas e córtex, e mesma lateralidade. Nossa responsabilidade como profissional é de falar neste conteúdo sobre visão, e com nosso cotidiano é de responsabilidade detectar insuficiências de aprendizagem educacional na fase da criança em sua plasticidade e maturação. É possível desenvolver como profissional uma atenção especial ao desenvolvimento de aprendizagem em uma criança, qualquer déficit de atenção que a criança a desenvolva pode estar relacionada a sua insuficiência visual, e venhamos atribuir para um desempenho educacional e psicológico de prevenção, assim, possamos colaborar para seu processo organizacional de aprendizagem. Um ajuda é um diferencial, na maioria dos casos tratamos de crianças para uma possível recuperação.


Obras Citadas

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Sites Citados


terça-feira, 30 de maio de 2017

Lentes de Contato

A correta adaptação de lentes de contato consiste em procedimento rigoroso, existindo a necessidade de exames de forma adequada e a sua indicação precisa para que a necessidade do paciente seja atingida. Abordaremos a seguir sobre os exames que devem ser feitos pelo optometrista para uma ideal adaptação.

·         Ceratometria – Consiste como sendo um exame realizado por um ceratômetro ou auto refrator tendo como finalidade a aferição da curvatura da córnea;
·         Topografia – Tem como objetivo analisar a curvatura da córnea em sua totalidade, isto é seus meridianos, avalia as alterações de sua superfície como simetria e regularidade, para que o avaliador possa identificar astigmatismos e outros defeitos corneano, como é o caso do ceratocone;
·         Microscopia especular da córnea - É o exame que procura mostrar a qualidade das células do endotélio e sua É um exame primordial para pacientes que são candidatos a cirurgia refrativa, cirurgia de catarata, ceratocone, controle de uso de lente de contato e ou alterações corneanas;
·         Lâmpada de Burton – Permite que o profissional avalie o polo anterior da córnea, circulação e espessura do filme lacrimal, entre a lente de contato e córnea e avalia a qualidade do filme lacrimal;
·         Fluoresceína – É um composto orgânico que reage por intermédio da luz ultravioleta, útil para verificar alterações posicionais da lente de contato;

Tipos de Lente de Contato

A principal indicação para o uso de lentes de contato é aquela que busca melhorar a acuidade visual para obter a visão binocular, quando esses objetivos não são conseguidos através de óculos, contudo, a lente de contato é usada pela maioria das pessoas para que sejam corrigidas as ametropias, atendendo ao que se chama de indicação estética. A motivação do paciente e a dependência de óculos para melhorar a acuidade visual devem ser consideradas. Os pacientes que não são dependentes de óculos são péssimos usuários de lentes de contato.
Existem pacientes que desejam usar lentes de contato, enquanto outros necessitam delas. Aos primeiros, devem ser explicadas as desvantagens, as vantagens e suas diferenças em relação ao uso de óculos sendo que aos demais devem ser esclarecidos os benefícios que terão com as lentes de contato, procurando motivá-los para seu uso.
As lentes de contato classificam-se em: Rígida (duras) e Hidrofílicas (gelatinosas) sendo:
Indicações Estéticas:
·         Correção das ametropias - miopia, hipermetropia e astigmatismo;
·         Finalidade cosmética ou protética.
Indicações médicas:
·         Ópticas;
·         Terapêuticas
Entre as principais indicações médicas com finalidade óptica encontram-se: anisometropias, afacia monocular, astigmatismo irregular, ceratocone, nistagmo, aniridia, albinismo, pós-ceratoplastia e pós-cirurgia refrativa.

Indicações Estéticas
Ametropias:
O uso de lentes de contato para corrigir miopia, hipermetropia e astigmatismo tem obviamente vantagens estéticas sobre aquelas dos óculos e em muitos casos, como nas altas ametropias, não só corrigem a acuidade visual como também evitam restrição do campo visual, grande alteração do tamanho da imagem retiniana e o efeito prismático induzido pelos óculos.
A lente de contato na correção da miopia aproxima do normal o tamanho da imagem retiniana e quando a lente é rígida elimina o astigmatismo corneano anterior se presente, pela nova superfície esférica da lente rígida e pela formação da lente lacrimal. Os indivíduos míopes se adaptam mais facilmente as lentes de contato que os hipermetropes e representam o mais alto contingente de usuários de lentes de contato. Nas baixas ametropias, as lentes de contato são usadas para eliminar os óculos.
Entretanto, há aqueles que necessitam usá-las por razões profissionais, mesmo com baixas ametropias, como atores e esportistas, ou porque apresentam defeitos faciais, de pavilhão de orelha, ou sofreram traumatismos ou cirurgia no nariz e nos seios frontais, que dificultam o uso de óculos. Laceração e eczema podem ocorrer nas áreas de contato da pele com as armações dos óculos.
Miopias e forias:
Nos casos de miopia associada a exoforia, o uso de lentes de contato é benéfico. O míope passa a acomodar e a lente ajuda a melhorar a exoforia, na miopia com esoforia a lente não tem indicação.
Hipermetropia e forias:
O uso de lentes de contato na hipermetropia associada com esoforia, também é benéfico. O paciente passa a acomodar menos, melhorando sua esoforia. Já nos casos de exoforia, não ocorre o mesmo e a lente de contato não deve ser indicada.
Esotropias acomodativas:
As lentes de contato podem ser indicadas no controle de esoforia-tropia acomodativas para correção total da ametropias.
Miopia e hipermetropia com presbiopia:
A pessoa míope necessita convergir mais com lentes de contato do que com óculos para fixar objetos mais próximos. No hipermetrope ocorre justamente o oposto, com lentes de contato ele precisa acomodar menos do que com óculos. Este fato é explicado pelo efeito prismático da porção nasal das lentes dos óculos com relação ao centro óptico e como as lentes de contato permanecem centradas durante a convergência, o efeito prismático não ocorre.
Este problema deveria ser considerado em todo paciente que começa a usar lentes de contato na faixa etária de 40 anos. É aceito que o uso de lente de contato precipita a presbiopia no míope e retarda no hipermetrope.
A correção da presbiopia em usuários de lentes de contato pode ser feita:
·         Através de óculos com correção para perto sobre as lentes de contato
·         Através de lente de contato com grau levemente mais fraco que o necessário em míopes e levemente mais forte em hipermetropes, no início da presbiopia
·         Usando a técnica da mono visão (lente de contato em um olho com grau para distância e no olho contralateral com grau para perto)
·         Lentes de contato multifocais

Indicações Médicas
Em contatologia, cada caso deve ser olhado isoladamente e sua indicação deve ser feita por médico oftalmologista.


Indicações Ópticas
Anisometropia:
É a diferença refrativa entre os dois olhos. Quando essa diferença refrativa entre um olho e o outro contralateral for grande poderá causar dificuldades de visão binocular com o uso de óculos.
Entretanto, na anisometropia hipermetrópica (um olho é emétrope ou menos hipermetrópico que o outro), diferenças menores de 4,00 D quando corrigidas com óculos já são sentidas e na anisometropia miópica diferenças maiores podem ser toleradas.
Afacia monocular:
Na afacia monocular, a visão binocular só pode ser restaurada com implante intra-ocular ou com lente de contato.
Astigmatismo irregular:
Comumente é resultado de cicatrizes corneanas determinadas por traumas e ulcerações. O ceratocone é marcado pela presença de astigmatismo irregular. O déficit visual nesses casos é acentuado pela presença da opacidade e a sua correção só pode ser obtida com lentes de contato ou ceratoplastia.
Ceratocone:
A correção com lentes de contato deve ser indicada quando os óculos não mais proporcionam visão suficiente para as atividades do paciente. A principal razão para seu uso é a reabilitação visual, porque a lente de contato bem adaptada não causa nem retarda a progressão do ceratocone. A medida que ele progride vai desenvolver astigmatismo irregular e o uso de lente de contato rígida é a única maneira de melhorar a acuidade visual.
Lente de contato pós-ceratoplastia penetrante:
A adaptação de lente de contato após cirurgia de transplante de córnea penetrante está indicada para corrigir altos astigmatismos regulares ou irregulares e anisometropia.
Lente de contato pós-ceratotomia radial:
Pacientes submetidos a ceratotomia radial que não obtiveram o resultado desejado podem melhorar a acuidade visual com lentes de contato.
Nistagmo:
Quando o nistagmo se acompanhada de alguma ametropias, a lente de contato oferece a vantagem de acompanhar o movimento dos olhos, proporcionando melhora na acuidade visual e certa diminuição da amplitude dos movimentos.
Aniridia e albinismo total ou parcial:
Podem obter melhora da acuidade visual, da aparência estética e do conforto com o uso de lentes de contato pintadas ou filtrantes, de coloração escura.


Referências:
MOREIRA, Saly; MOREIRA Hamilton; MOREIRA Luciane; Lente de Contato, 3 edição- Rio de Janeiro, cultura médica, 2004;

www.acuvue.com. br/Lentes/Contato acesso em 15.05.2017;

www.hospitaldeolhos. Net/noticias-interna acesso em 15.05.2017;


www.hospitalfranciscovilar.com. br/exames acesso em 10.05.2017.